Apoiadores de Trump invadem Congresso dos EUA
Um grupo de apoiadores do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, invadiu o Capitólio, sede do Congresso americano em Washington, durante a contagem oficial dos votos do Colégio Eleitoral definidos nas eleições presidenciais de novembro, que deram vitória a Joe Biden.
Parlamentares e jornalistas que estavam no Capitólio relataram tiros dentro do prédio do Congresso. Segundo relatos da imprensa americana, uma mulher foi baleada e acabou morrendo algum tempo depois.
A sessão foi suspensa, mas a presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, disse que seria retomada ainda esta noite. “Decidimos que devemos prosseguir esta noite no Capitólio assim que estiver liberado para uso. O líder Hoyer enviará mais orientações mais tarde hoje,” disse.
Militares da Guarda Nacional foram acionados para reforçar a segurança do Capitólio. De acordo com o Pentágono, serão cerca de 1,1 mil soldados enviados a Washington. De acordo com a imprensa americana, 13 pessoas foram presas.
Momentos antes da invasão ao Congresso, Trump disse que marcharia junto com os apoiadores ao Congresso. “Eu estarei com vocês. Vamos andar até o Capitólio e felicitar nossos bravos senadores e congressistas”, disse no discurso em que rejeitou, mais uma vez, reconhecer o resultado da eleição. Ele, porém, não foi visto na marcha (veja mais adiante na reportagem).
O vice-presidente Mike Pence, que presidia a sessão no Congresso, pediu que os invasores deixassem o Capitólio “imediatamente” e disse que os envolvidos sofrerão consequências legais.
“Protestos pacíficos estão no direito de todo americano, mas este ataque ao nosso Capitólio não vai ser tolerado”, afirmou.
Só depois, Trump pediu que os extremistas deixassem o capitólio, em mensagem publicada nas redes sociais.
“Vocês têm que ir para casa. Precisamos ter paz, precisamos ter lei e ordem e precisamos respeitar nosso grande pessoal de lei e ordem. Não queremos ninguém ferido”, afirmou.
Após, mais uma vez, o republicano publicar declarações infundadas de que as eleições foram alvo de fraude, o Twitter removeu as postagens e anunciou o bloqueio da conta de Trump por 12 horas.