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Após sucesso de vacinação, Israel abole uso de máscara nas ruas

O governo de Israel autorizou a população sair às ruas sem máscara pela primeira vez desse o início da pandemia de Covid-19. A partir deste domingo 18, o uso do acessório de proteção é obrigatório apenas nos transportes públicos e em estabelecimentos fechados. As escolas também serão reabertas, o que já está sendo visto pelos moradores com um retorno à vida normal, consequência da campanha da vacinação em massa.

A população já começou a tirar as máscaras desde o início do fim de semana, embalada por uma onda de calor que coincide com o relaxamento nas medidas sanitárias. “É uma grande vitória para o país e para os israelenses”, celebrou Sharon Alroy-Preis, diretora do departamento de saúde pública de Israel.

“Foi uma boa decisão, pois praticamente não temos mais casos de novas contaminações”, relata Yaakov, um morador de Jerusalém. “Devemos aproveitar a ocasião para agradecer o primeiro-ministro, que soube escolher o bom momento”, completou.

Já outros israelenses, principalmente os mais idosos, estimam que a flexibilização deveria ser mais gradual. “Não se deve suspender as medidas repentinamente”, comenta Tikva, outra moradora da cidade. “Eu acho que deveríamos esperar um pouco antes de retirar totalmente as máscaras”, alerta.

O uso do acessório de proteção foi suspenso ao ar livre, mas continua sendo obrigatório em locais fechados. Uma situação que não deve mudar a vida daqueles que parecem ter se habituado e, nesse domingo, continuavam com o rosto coberto nas ruas, como se nada tivesse acontecido. “Eu me acostumei com as máscaras”, confessa Moshé. “Não me incomoda mais. No entanto, se me pedirem para retirar, retiro, sem problema”.

Shows ao ar livre

A abolição das máscaras é uma das últimas etapas na flexibilização das medidas sanitárias em Israel. Bares, cafés e restaurantes já reabriram suas portas e os que carregam um “passaporte verde”, o documento que prova que seu portador já foi vacinado, podem reservar mesas normalmente.

Os eventos culturais também são retomados aos poucos. Vários shows ao ar livre vêm sendo organizados em Jerusalém e em Tel-Aviv.

“Os negócios voltam a funcionar e retomamos à vida”, comemora Sheli, cantora do grupo Radio Luna, pouco antes de começar seu show em Jerusalém. “Nossa última apresentação foi em julho. É ótimo poder subir novamente no palco”.

No público, Lior também saboreia o momento. “Atravessamos momentos difíceis. Foi deprimente. Mas não tínhamos escolha”, diz o jovem.

O retorno a uma vida quase normal é consequência da campanha de vacinação em massa no país. Desde dezembro, quando a população começou a ser imunizada, quase cinco milhões de israelenses (53% da população) receberam as duas doses da vacina, o que corresponde a pelo menos 80% da população acima de 20 anos, segundo dados oficiais do país.

Porém, a campanha de vacinação eficaz só foi possível graças a um acordo alcançado pelo Estado e pelo gigante farmacêutico Pfizer, que acelerou o fornecimento de doses para o país em troca dos dados médicos dos pacientes sobre os efeitos reais de seu imunizante. Nos últimos dias, Israel registrou cerca de 200 casos diários de Covid-19, muito menos do que os 10.000 do início de janeiro. Enquanto isso, na Faixa de Gaza, o coronavírus causou um recorde de mortes diárias, 23, totalizando 761 óbitos, indicou o Ministério da Saúde.

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