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Bolsonaro reclama de questão do Enem sobre desigualdade de salário entre Neymar e Marta, e jogadora reage

Uma das questões do Enem 2020, que teve sua primeira prova aplicada neste domingo (17), abordou a discrepante desigualdade entre mulheres e homens no futebol, citando os exemplos de Marta e Neymar. Já nesta segunda-feira (18), o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, criticou a questão e diminuiu a importância da vertente feminina do esporte.

Na pergunta em questão, o Enem trouxe dados de 2017 sobre as diferenças nos salários anuais de Marta e Neymar – que são os maiores nomes brasileiros do futebol desde aquela época. Enquanto o atacante do Paris Saint-Germain recebia cerca de 14,5 milhões de dólares por ano, a jogadora tinha um salário de 400 mil dólares anuais. Vale lembrar que a Rainha do Futebol é a maior artilheira da história das copas do mundo – considerando tanto homens, quanto mulheres – e já venceu o prêmio de “Melhor Jogadora” do mundo por seis vezes.

Apesar de os números surpreenderem, Bolsonaro considerou “ridícula” a questão que tratava da desigualdade entre os salários de homens e mulheres no futebol. “O banco de questões do Enem não é do meu governo ainda, é dos governos anteriores. Tem questões ali ridículas, ainda. Ridículas, tratando do assunto. Comparando mulher jogando futebol, mulher e homem, por que que a Marta ganha menos que o Neymar”, iniciou o presidente.

O chefe de Estado continuou: . Além de diminuir a importância do futebol feminino, ele alegou que a diferença salarial se deve à iniciativa privada. “O que o Neymar ganha por ano, todos os times de futebol juntos no Brasil não faturam por ano. Como que vai pagar para a Marta o mesmo salário? Isso chama-se iniciativa privada. Ela que faz o salário. Ela que mostra para onde o mercado deve ir. Então, [o Enem] faz umas questões absurdas sempre pregando a igualdade, mas por baixo”, declarou ele.

 

 

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