Brasil ultrapassa 116 mil óbitos por covid
Os óbitos pela covid-19 atingiram 116.666 na noite de hoje, com 1.215 novas mortes registradas nas últimas 24 horas. As informações são do consórcio de veículos do qual o UOL faz parte. O levantamento aponta que o país registrou 46.959 diagnósticos entre ontem e hoje e acumula 3.674.176 casos confirmados da doença decorrente do novo coronavírus.
A média móvel de mortes, que calcula os óbitos diários com base em registros feitos nos últimos sete dias, aponta 950 óbitos por dia, resultado considerado estável em 14 dias (-3%). Conforme o levantamento feito pelo consórcio, 12 estados tiveram desaceleração na média móvel de mortes pela doença na variação de 14 dias, enquanto cinco apresentaram alta.
Entre as regiões, o Sul continuou a registrar desaceleração (-20%) na variação de 14 dias enquanto as outras seguiram estáveis: Centro-Oeste (3%) Nordeste (-8%), Norte (-11%) e Sudeste (5%).
Veja a oscilação nos estados:
- Aceleração: AP, BA, GO, RJ e TO
- Estabilidade: DF, MG, MS, MT, PA, PB, RN, RO, RS e SP
- Queda: AC, AL, AM, CE, ES, MA, PE, PI, PR, RR, SC e SE
Dados do governo O Ministério da Saúde divulgou hoje 1.271 novas mortes por coronavírus registradas nas últimas 24 horas. No total, o país soma 116.580 óbitos pela doença.
Ainda segundo a pasta, já são 3.669.995 diagnósticos da doença, com 47.134 dos casos notificados entre ontem e hoje. O governo federal considera 2.848.395 pacientes recuperados e aponta 705.020 em acompanhamento.
Possibilidade de reinfecção
O HC (Hospital das Clínicas) de São Paulo investiga sete pacientes com suspeita de reinfecção do novo coronavírus. Os pesquisadores estão fazendo sequenciamento genético para entender se os vírus são diferentes, se houve alguma mutação ou se são os mesmos já registrados antes. A informação foi divulgada pela TV Globo.
Outros países também estudam a possibilidade de reinfecção. De acordo com a rede de TV holandesa NOS, dois pacientes — um na Bélgica e outro na Holanda — foram reinfectados pelo novo coronavírus. Ontem, um homem de Hong Kong foi confirmado como o primeiro caso de dois diagnósticos da doença.
Registros de casos podem demorar sete semanas
A divulgação de casos no Brasil pode demorar até sete semanas entre seu registro no sistema de saúde e a efetiva divulgação nos boletins epidemiológicos. É o que aponta a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que considera o longo período como um fator que pode ter atrasado a adoção de medidas no combate à pandemia.
Em estados como Amapá, Maranhão, Paraíba, Rio de Janeiro e Rondônia, os dados oficiais registraram o número máximo de casos de covid-19 mais de 50 dias depois de eles terem efetivamente acontecido.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes recentes de autoridades e do próprio presidente colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.