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Duas primeiras moradoras do RJ são vacinadas no Cristo Redentor

A idosa Terezinha da Conceição, de 80 anos, e a técnica de enfermagem Dulcinéia da Silva, de 59 anos, receberam as duas primeiras doses da vacina contra a Covid-19 aplicadas no Rio de Janeiro.

Em uma cerimônia simbólica marcada por aglomeração no Cristo Redentor, as duas receberam por volta das 18h20 desta segunda-feira (18) a injeção com a vacina CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantã, em São Paulo. A cerimônia começou 1 hora e 20 de atraso.

“”Fiquei muito emocionada (…) Estou muito bem dentro do abrigo, mas tenho vontade de sair”, celebrou Terezinha, que ainda precisa tomar a segunda dose em até três semanas.

Dulcinéia é técnica de enfermagem no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, unidade especializada em tratamento da Covid-19 no Rio. Moradora da Pavuna, na Zona Norte, há 8 meses ela está na linha de frente do combate à pandemia.

Já Terezinha foi acolhida por serviços da prefeitura, em 2015, em situação de vulnerabilidade. A casa dela estava em más condições, perto de uma ribanceira, e precisou ser demolida pela Defesa Civil.

Terezinha recebeu a primeira dose de Adélia Maria dos Santos, de 71 anos, que trabalha na Secretaria Municipal de Saúde desde 1979 e é uma das fundadoras do Programa de Imunização da cidade.

Adélia trabalhou nas primeiras campanhas de vacinação contra o sarampo e poliomielite. Diabética e hipertensa, trabalhou em regime de home office durante a pandemia.

“Quero voltar a trabalhar normalmente. Por ser idosa, mesmo não estando aposentada e tendo comorbidade, não posso ficar me expondo muito. Então, tenho que ter uma escala bem estrita. E, agora, com a vacina, eu espero que a gente, depois de um tempo, possa voltar a fazer o que eu sempre quis”, comemorou.

Atraso

Com quatro horas de atraso, chegaram pouco antes das 17h, no Aeroporto Santos Dumont, as primeiras doses da vacina contra a Covid-19 no Rio de Janeiro.

Uma aeronave comercial – cedida por um suplente de senador – trouxe parte do primeiro lote. De lá, as doses foram transportadas para o Cristo Redentor e para o centro de distribuição da Secretaria de Estado de Saúde, em Niterói, na Região Metropolitana.

Outros dois voos devem chegar ao Rio até a manhã de terça (19), com mais imunizantes. No total, a primeira leva contará com 487.520 doses, que deverão ser utilizadas para imunizar 232.521 fluminenses – duas doses para cada.

Até sábado (23), as primeiras quase 500 mil doses não serão aplicadas em postos. Serão vacinadas apenas os grupos abaixo, em locais estabelecidos pelo governo:

  • trabalhadores da Saúde que atendem diariamente pacientes com coronavírus (em CTI, enfermarias e emergências) — cerca de um terço dos profissionais da saúde;
  • pessoas com 60 anos em asilos ou abrigos;
  • pessoas com deficiência a partir de 18 anos moradores de abrigos e residências inclusivas;
  • População indígena vivendo em terras indígenas.

Maioria dos idosos ainda não será vacinada

O governo pede que a população não vá a postos de saúde para ser vacinada.

Isso por que não há vacina para todos os idosos nesse primeiro momento – somente para os que moram em 10 abrigos selecionados pelas autoridades.

Também não há vacina ainda para todos os profissionais de saúde: só para um terço deles.

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