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Ministério da Saúde vai ampliar uso de cloroquina para crianças e gestantes

O governo brasileiro anunciou a ampliação da indicação dos medicamentos a base de cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento de Covid-19 em pacientes com sintomas leves. O protocolo do Ministério da Saúde será atualizado para incluir a prescrição a crianças e gestantes. O uso das medicações está condicionado à avaliação médica, com realização de exames. A prescrição fica a critério do médico, e é necessária a vontade declarada do paciente. No caso de pacientes pediátricos ou incapacitados, é necessário o termo de consentimento livre e esclarecido assinado pelos pais ou responsáveis legais.

“A orientação para uso precoce se justifica porque compõem grupo de risco e as modificações colocam ela com maior potencial de desenvolvimento de doença grave”, justificou a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, Mayra Ribeiro.

Perguntada sobre a decisão dos Estados Unidos de revogar a permissão de emergência para o tratamento com a cloroquina e a hidroxicloroquina, por meio do seu órgão regulador de medicamentos (FDA, na sigla em inglês), Mayra Ribeiro respondeu que a medida foi baseada em estudos com problemas metodológicos e reafirmou a defesa do Ministério sobre a aplicação desses medicamentos para casos mais leves da Covid-19.

“Seguimos tranquilos, serenos, seguros quanto à nossa orientação. A do FDA tratava de pacientes mais graves. Os estudos utilizados pelo FDA não servem para o Brasil”, disse. Questionada sobre as evidências utilizadas para a política sobre o polêmico medicamento, a secretária afirmou que “estudos com qualidade metodológica, com evidência científica levam tempo” e que “para enfrentamento de pandemia não podemos perder tempo enquanto aguardamos resultados de estudos”.

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